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O Sobrevivente

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o-sobreviventeSobrevivente dos horrores e atrocidades nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, Aleksander Henryk Laks, nascido em 28 de outubro de 1926, relata os sofrimentos inimagináveis aos quais foi submetido e conta como conseguiu escapar insistentemente da morte no livro O Sobrevivente – Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz, escrito em parceria com a escritora Tova Sender.

Presidente da Associação Brasileira dos Israelistas Sobreviventes da Perseguição Nazista, Aleksander Laks tornou-se um defensor ardoroso da tolerância entre as pessoas e fez de sua vida um exemplo de como ter e manter sempre a esperança.

Seu calvário começou quando o exército nazista invadiu a Polônia, em setembro de 1939. A partir daí, sua vida e de sua família transformou-se numa luta diária pela sobrevivência. Aleksander – então com 12 anos -, deparou-se com amigos e parentes amarrados ou enforcados no alto de postes da sua cidade natal, Lodz, e viu soldados alemães arrancarem as barbas de judeus com as mãos, deixando suas faces em carne viva.

No entanto, este foi apenas o começo da série de crueldades impingidas aos judeus. Uma delas foi a fome, que matou cinco mil pessoas no primeiro mês de invasão. Logo após, ele e sua família foram confinados ao gueto de Lodz. Das 160 mil pessoas lá confinadas, Aleksander foi uma das 1.600 que sobreviveram ao gueto.

A fome fez com que a família Laks se entregasse aos nazistas. Levados para diversos campos de concentração, Aleksander – aproximadamente com 16 anos – viu sua mãe pela última vez ao descer do trem que os levou para Auschwitz, lugar onde viveu os momentos mais torturantes da sua vida. Os prisioneiros, com parasitas por todo o corpo, tinham seu pêlos arrancados, suas cabeças raspadas e passavam por banhos com produtos químicos. Uma das torturas mais comuns era o método número 25. Os judeus eram amarrados de bruços em cavaletes e espancados nas costas com pedaços de pau, esmigalhando os rins, que saiam junto com o sangue através dos poros.

Assistiu à morte de seu pai, que não resistiu às semanas de caminhada na chamada “Marcha da Morte”, de mais de 500 quilômetros, entre vários campos de concentração. Dos 600 prisioneiros que partiram de Auschwitz, apenas 50 sobreviveram. E novamente Aleksander estava entre eles.

A redenção veio junto com a chegada do exército aliado. Aleksander foi salvo pelas tropas que interceptaram o trem que o levava de um campo de concentração para outro. A certeza de que seu calvário teria fim veio na forma de um copo de leite quente, entregue por um soldado aliado.

Aleksander Henryk Laks faleceu aos 88 anos em 21 de julho de 2015. Foi presidente da Sherit HaPleitá (Associação Brasileira dos Israelitas Sobreviventes da Perseguição Nazista) e autor dos livros O Sobrevivente – memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz e Mengele me Condenou a Viver.

A história de Laks também foi contada no livro Sou Feliz, Acredite!, dos jornalistas Mônica Bernardes e Mauro Tertuliano, editado pela BestSeller (grupo Record), e finalista do Prêmio Jabuti na categoria Reportagem. A obra, lançada em 2010, narra 13 histórias de superação, inclusive a do sobrevivente do Holocausto.

A psicóloga, educadora e escritora Tova Sender que escreveu O Sobrevivente – Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz em parceria com Aleksander Henryk Laks, tem dois livros publicados pela Record: Iniciação à Cabala e O Celeiro do Céu.

 

 

O Sobrevivente

Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz
Aleksander Henryk Laks, com Tova Sender
ISBN: 9788501058317
Acabamento: Brochura
Formato: 14cm x 21cm
176 páginas
 

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